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A ESTATIZAÇÃO NO BRASIL
José Luiz Moreira de Souza
“B.C/\ n.° 18:5 11-10-65
“O Brasil de hoje conta com grande longo enumerar. Veja-se, portanto, que
parte dos m ales do socialism o, sem ser já se ultrapassou, de modo desordena
socialista e, ao lado disso, conta com do, sem limitações, aquela noção dos
grande parte dos m ales do capitalism o, que acreditam «pie na área da produção
sem ser capitalista”. A afirm ação é do tem o Estado o papel pioneiro e suple
Sr. José Luis M oreira de Souza, vice- tivo, além de orientador. O pior é que
presidente da A ssociação Comercial e o Estado é mau administrador, pelo
presidente da ADECIF, que acrescenta: m enos em nosso regime. Daí decorre que
— “Esta situação ó que constitui o tu 77% — notem liem: 77% — de tôda a
mor do problema brasileiro, a espécie de despesa federal são para cobrir os “dé
im passe em que nos encontram os, há ficits” das autarquias e das empresas
m ais de uma década e que nos tem feito estatais, fora os que são eobertos pelas
rolar através de sucessivas e interm iná unidades da Federação e os que são ab
veis crises políticas”. sorvidos pelo Instituto de ( rédito Ofi
“ Em term os gerais — prossegue o Sr. cial. Creio que podemos afirmar, sem
Moreira de Souza, falando ao BC — es receio de erro: aí está a causa da infla
tam os numa situação de estatism o dom i ção no País”.
nante. Mais de 50% da econom ia brasi “ Não pára aí o efeito dominante do
leira, conform e dem onstra o professor Estatism o, do sistema híbrido e parali-
Eugênio Gudin, estão na mão do Estado. sante que caracteriza nossa economia. A
Dos investim entos a serem feitos em intervenção estatal, através de órgãos
1065. confessa o próprio Governo, m ais controladores, tais como a SUXAB e
de 70% são de iniciativa estatal. O m ais de cem órgãos que visam a cor-tro
crédito, elem ento fundam ental do desen lar e fiscalizar, desfigurou in te iramente
volvim ento econôm ico, tem um quadro o funcionamento de um sistema de mer
aterrador: m ais de 50% dos em présti cado, através de intervenções cada vez
mos feitos pelo sistem a bancário, em m ais sucessivas, mais amplas e mais
1004. o foram pelo Banco do B rasil, tal profundas, numa autêntica alienação da
vez o maior banco com ercial do mundo capacidade de decidir dos enipre-ários.
em mãos do Estado. Xo BNDK, m ais de E tudo se subordina, agora, de um mo
80% dos em préstim os feitos o foram a do natural a planejamentos econômicos
em présas sob controle do Estado. O E s cada vez mais detalhados, como se fôra
tado é industrial e suas áreas não se natural e até desejável, numa democra
lim itam a setores específicos, pois além cia, sob a égide da livre empresa e da
de ser ele o titular de todos os transpor livre iniciativa, a existência de planeja
tes ferroviários, de práticam ento todos mentos globais só viáveis e consentâ
os transportes m arítim os, de ponderável neos com o socialismo”.
área de energia elétrica, de quase tôda “O que é de estranhar e lamentar —
a siderurgia, do petróleo, da barri lha conclui o Sr. José Luis Moreira de Sou
etc., é tambérr. faluicante de veículos, za — é que democratas autênticos, em
refinador de açúcar, proprietário de m a presários até, achem desejável a exis
tadouro*.. com erciante de género», cria tência de planejamento econômico pró
dor de gado, proprietário de estações de prio das economias dirigidas. O regime
rádio. etc. Através da intervenção do econômico consentâneo com a liberdade
Banco do Bra**il, o Estado é fabricante que desejamos é, em têm ios econômicos,
de relógios, interessado no negócio de o da livre iniciativa, o que exige a re
madeiras, fabricante de doces e m ais tirada do Estado de tôdas as áreas que
uni sem número de coisas, que seria não lhe são próprias” .
TELEFOXES PARÁ SÃO PAULO: PRIMEIRA FASE CUSTARÁ
QUATRO BILHÕES
“O Estado de São Paulo”, 26-10-65
O Prefeito Faria Lima autorizou cimento de equipamento “Crossbar’*
ontem à noite a Cia. Telefónica Bra ARF-102, para 85.500 linhas destina
sileira a assinar contrato com a fir das à expansão da rêde telefônica da
ma Ericsson do Brafcil, para o forne- Capital.