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COMUNICAÇÕES ATRAVÉS DE SATÉLITES
Noticiário do “ Contei” — 30-8-64
Realizou-se no dia 11 de agosto últi A “Communications Satellites Corpo
mo, na sede do CONTEL, uma pales ration” e o Govêrno Americano, ped
tra de grande interêsse. O conferen rão, das emprêsas que desejarem for
cista foi o Sr. Edwin J. Istvan, técnico cer satélites, que dêem garantia do tem
em comunicações via satélites e repre po de vida dos satélites, pois êsse é o
sentante de “Comunication Satellites fator considerado de maior importância
Corporation” . Estiveram presentes, para a economicidade do sistema.
além do Presidente do CONTEL e Con
Para a realização do Global System
selheiros, os Senhores: Ray H. Crane,
foi planejado o “Basic System” progra
representante da Embaixada dos Es
ma a ser cumprido: Já foram feitos
tados Unidos da América; Cel. Valin,
os estudos dos três tipos de satélites.
da ENTEL; Sr. João Aristides Wiltgen,
Até março de 1965 deverão ser concluí
da CTB; Sr. Edwin Fonn, representante
dos os três protótipos. Em março te
da Panair do Brasil e Srs. Luiz E. Ga
rá lugar a operação experimental on
lante e Antônio Fontes da INBELSA
de será escolhido o vencedor da concor
(Phillips) .
rência. Nesta escolha será levada em
A palestra, bastante informal, ver conta, entre outras coisas a funcio
sou sôbre um projeto da “Communica nalidade e o custo do protótipo apro
tions Satellite? Corporation”, COMSAT, vado, e em 1967, finalmente, teremos
emprêsa de capital público e privado, o “Global System” em pleno funciona
constituída com a autorização do Con mento. Até 1968 os satélites poderão
gresso Americano. Êste projeto consis operar com 270 canais, que deverão
te na realização de um sistema global atingir em 1970 — 600 canais e em
de comunicações através de satélites, 1972 — 1.200.
que poderá ser utilizado por todos os
O “Global System” é um empreendi
governos e emprêsas do mundo. Os es
mento comercial como outro qualquer.
tudos até agora foram feitos por uma
Será formado com o capital de 200
companhia particular. Estão sendo es
milhões de dólares distribuídos cm co
tudados 3 tipos de satélites: 1) Saté
tas entre as diversas nações. Essas co
lite de média altitude randômica ou
tas acham-se atualmente, assim distri
aleatória. 2) Satélite de média alti
buídas: EE.UU. 61%, Europa 30.5r e
tude controlada. 3) Satélite do tipo
Países do Pacífico 8,5%. Èstes são. até
síncrono. Os satélites de média alti
agora, os assinantes do convênio. Está
tude tem que ter duração de três anos
prevista uma redução para estas per
para serem econômicos, os de síncro
centagens devido ao interêsse desper
no, de grande altitude, poderão ter um
tado pelo programa, ficando então:
ano de vida somente. Das experiências
EE.UU. 50,3%, Europa 23%, Pacifico
realizadas com o síncrono, a primeira
6%, e 21% restante para os demais
fracassou, a segunda foi bem sucedida,
países que ainda não participam do
estando o satélite ainda em órbita, e
convênio. Dêstes 217o, 17% mais ou
a terceira com o Syncro III também
menos caberá à América do Sul. Essa
já realizada em 17 do corrente está co
distribuição tem como base a necessi
locando o satélite em órbita.
dade atual de cada nação (necessida
No orçamento para lançamento de de de canais-cotas) . Espera-se que o
um satélite, 80% é gasto com o lança Brasil entre com 1,57o, inicialmente.
mento e apenas 20% com o satélite As cotas ou ações de participação do
propriamente dito. “Global System” subirão de preço, de-