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TELEFONE NO PARANÁ SÓ COM FINANCIAMENTO
Jornal do Comércio — R. Janeiro de 16-2-63
O Sr. Roberto Grubhofer, Diretor nós criado. Um telefone está custan
da Companhia Telefônica Nacional, do, atualmente, cêrca de 240 mil cru
falando a reportagem da «Agência zeiros e para suprir as necessidades
Meridional» sôbre o problema da am de Curitiba não compensa com as
pliação da rêde telefônica nesta Capi atuais tarifas investir capital».
tal e em outros pontos do Estado, re O Diretor da CTN adiantou, ainda,
velou que aquela companhia não tem que manteve entendimento com o
interesse em investir capital para re governador Ney Braga e o prefeito Ivo
ceber lucros de apenas 12 por cento. Arzua acertando detalhes para a ins
«Evidentemente — disse — estamos talação de mais mil aparelhos nesta
prontos para ampliar a rêde, mas so Capital. O material, entretanto, em
mente por sistema de financiamento virtude de ter chegado «mofado» foi
(venda de Debêntures), caso contrá novamente encaminhado a São Paulo
rio nada poderemos fazer. Sabemos para os necessários concertos, deven
que a falta de telefones no Brasil é do somente no fim do ano ser inicia
problema grave, mas isto não foi por da a instalação dos aparêlhos
1 MILHÃO DE TELEFONEMAS NUMA SÓ LINHA
A Tarde — Salvador de 3-1-63
Há dez anos começou-se na Alema nhas atingirão o seu limite de capa
nha a automatizar as comunicações cidade.
interurbanas. Entretanto êste sistema Os técnicos formularam o problema
atingiu tal perfeição que hoje é pos de outra maneira: Quais deviam ser as
sível telefonar mesmo entre as mais características dos fios e dos cabos de
pequenas cidades da República Federal transmitir um número elevado de tele
da Alemanha sem recorrer a qualquer fonemas. Na recente assembléia anual
estação intermediária e discando sim da Federação dos Electrotécnicos Ale
plesmente o número da cidade e o nú mães, realizada em Dusseldorf, enge
mero do respectivo assinante. nheiros alemães comunicaram que es
tão prestes a resolver o problema.
Aliás, quem telefona de Estutgard Do ponto de vista da teoria já se
para Francfort ou de Dusseldorf para apontara que nas telecomunicações se
Hamburgo nunca pensa em que ao passaria a ondas cada vez mais cur
mesmo tempo centenas de pessoas ti tas e, com isso, a maiores frequências
veram mais ou menos a mesma idéia. portadoras- Mas só recentemente se
A automàtização trouxe consigo uma encontrou a solução desta idéia. Os
elevação considerável do número de técnicos alemães utilizaram uma es
ligações interurbanas. Os técnicos vi pécie de «truque da técnica de alta fre
ram-se ante o problema das linhas so quência» como êles próprios declara
brecarregadas. Dentro das próprias ci ram. Construiram novos condutos: Já
dades os serviços telefônicos aumen não se trata de um fio mas de uma es
taram de ano para ano. Pràticamente pécie de tubo finíssimo no qual a par
já não se constroem casas sem as res te oca serve efetivamente para a trans
pectivas instalações telefônicas e até missão das ondas. Nestes «condutos
mesmo um leigo chega à conclusão ocos» as ondas milimétricas propagam-
que não está longe o dia em que as li- se quase com ondas de som, evidente-