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contra a Companhia Riograndense de necessário. Por outro lado, com a cres
Telecomunicações e a firma japonêsa cente inflação, o custo de instalação
que venceu a concorrência para insta de um nôvo telefone, antes orçado em
lação de aparelhos telefônicos em Pôr- oitenta mil cruzeiros, hoje beira a
to Alegre e outras cidades gaúchas, casa dos duzentos mil. É evidente que
sob a alegação de que o material te a Companhia Riograndense de Tele
lefônico a ser importado do Japão já comunicações não possui recursos fi
é fabricado no país. nanceiros para cobrir a diferença de
Segundo a notícia ontem colhida cento e vinte mil cruzeiros entre a
pela reportagem dêste jornal, em fon quota de cada assinante e o custo
te categorizada, os representantes das atual de instalação do aparelho, isto
fábricas mencionadas estariam exami porque a Companhia não dispõe de
nando a questão, se já não o fizeram numerário nem para fazer funcionar,
antes, sendo desconhecidas, no entan ainda que razoavelmente, o reduzido
to, as conclusões a que chegaram e, número de telefones existentes em
portanto, se o mandato será ou não Pôrto Alegre. Assim, a conclusão ló
impetrado. gica que se impõe é a de que tão cedo
De qualquer modo, porém, existe o Pôrto Alegre não terá um serviço te
perigo de tão cedo não poderem os lefônico à altura do seu progresso e,
pôrto-alegrenses contar com novos ainda, se os pôrto-alegrenses quiserem
aparelhos telefônicos, mesmo aqueles seu telefone auto-finanriável, terão
que já pagaram ou estão pagando a que desembolsar mais de cem mil cru
sua quota de oitenta mil cruzeiros zeiros, além dos oitenta que já paga
para a instalação de uma linha telefô ram ou estão pagando.
nica em seu escritório, indústria ou Outra conclusão que se impõe é a
moradia. Isto porque, se se concreti de que mais uma vez desmoraliza-se
zar a notícia mencionada linhas aci um serviço governamental, perante o
ma, a firma japonêsa que venceu a público, descrente já das «miraculo
concorrência para a instalação de cer sas fórmulas salvadoras», representa
ca de dez mil novos aparelhos telefô das pelas demagógicas encampações
nicos no Rio Grande do Sul, somente das emprêsas privadas. Recorda-se, a
poderá fazê-lo depois de passar a fa propósito, que quando foi encampada
bricar no Brasil o equipamento de que a antiga Companhia Telefônida Rio
necessitará, pois há. realmente, várias grandense, as autoridades governa
fábricas no pais que já produzem a mentais prometeram inúmeros telefo
quase totalidade do material telefônico nes para dentro de um prazo curto.
M EI.H O R DO Q IE SE E S P E R A V A A Ó R B IT A DO «T E L S T A R I I »
«J o r n a l do C o m é rc io » R io do J a n e iro . O do l l a io do IÍM*:l
O «T e ls la r I I » , o m ais nôvo sa télite T K A S M IS S Ò E S
do com unicações dos Estados I nidos.
A ó rb ita m a io r do «T e ls t a r I I » é
ostá gira n d o em tôrn o da T e rr a numa
um a va n ta gem , p o r isso qne p erm ite
ó rb ita «m e lh o r do qno a quo so es
tran sm issões m ais lon gas --- ex p licou
p o ra v a » --- d eclarou a A d m in istra çã o
um p o rta -v o z da «A m e r ic a n T e le -
.Nacional do A eron áu tica o Espaço grap h and T e lep h o n e C o .» ( A T & T ) ,
(Ü A S A ). firm a qn e constru iu o n ô vo s a té lite ,
bem com o o sen a n tecessor, o «T e ls t a r
A ó rb ita , m ais a lta d o quo a qno I » .
os cien tistas esporavam o b ter, p e rm i T o d a v ia , isto crio u alguns p ro b le
tirá no sa télite tra n s m itir sinais de m as de com u n icações nas p rim e ira s
rá d io, telefon e, te le v is ã o e te le tip o circu n vo ln çõ es --- disse o p o rta -v o z ,
du ran te p eríod os m aiores do que os acrescen tan d o que «o s cálcu los b a
con sid erad os possíveis. seados na ó rb ita p la n eja d a fo ra m inu-