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popular, treinamento vocacional professores (de tempo integral)
e escolas técnicas.» sôbre a construção de obras sun
Sem mais demora, devemos tuárias? Quem imagina o Sr.
concentrar nossos recursos nessa Kubitscheck criando e organi
imensa massa de jovens entre zando uma grande rede de ensi
quatorze e vinte anos de idade, no primário, secundário e profis
despreparados, sem saber como sional em vez de construir Brasí
usar a inteligência e as mãos lia? Quem iria medir a glória de
nas condições primitivas em que um presidente pelo número de
têm de ganhar a vida; inseguros escolas que criou ou — menos
acêrca do próprio futuro, ansio ainda — pela eficiência do ensi
sos por aderir a qualquer idéia no público? Onde as inaugura
que lhes pareça promissora.» ções? Onde as fotografias para
«Financiemos a juventude, que propaganda do «benefactor»?
aprende depressa, anciosa por se
afirmar, para que tenha nas
mãos a ferramenta, o livro, o la
boratório, a oficina, e aprenda a
Quando se fala em desenvol
consertar a teleyisão sem prati
vimento econômico e em Aliança
car no receptor do freguês; usar
para o Progresso, que é que se
um trator sem quebrá-lo; com
pede aos americanos? Pede-se
preender o que lê, e o que os ou
«o dinheiro», sem siquer querer
tros escrevem; e capaz de apren
permitir que êles verifiquem sua
der a ganhar a vida sem ter que
boa aplicação. Se não fôr em di
necessariamente recorrer ao em-
nheiro, vá lá que seja em maqui-
prêgo público».
nismo ou em trigo. Mas quem
aceitaria uma aliança que «ape
nas» nos desse boas escolas, ci
A razão por que o problema entíficas, industriais ou agrí
da Educação, no sentido de su colas ?
prir à mocidade os meios de Entretanto, nos países subde
APRENDER A PRODUZIR, é senvolvidos, o que decide afinal
relegado entre nós a segundo pla do ritmo de progresso econômi
no, quando não ao esquecimento, co, mais do que qualquer outro
é que os efeitos dessa criminosa fator, é a MEDIDA EM QUE
omissão não são diretamente apa SE CONSEGUE FAZER CRES
rentes. nem gritantes a curto CER E MELHORAR OS QUA
prazo. DROS HUMANOS; os empreen
Se falta água, se falta ener dedores, os engenheiros de pro
gia, se falta trigo, é um deus-nos- dução, os administradores, os
acuda. Mas se falta educação, técnicos, os projetadores, os cal
ninguém grita porque ninguém culistas, os desenhistas, os con
sente que êsse cancro impede o tadores, «et hoc genus omne».
país de progredir. Toda tentativa de fazer cres
E qual o Governo que tendo cer o estoque de capital do país
de escolher (governar e esco a um ritmo mais rápido do que o
lher), dará prioridade à criação permite a disponibilidade dos ele
de escolas e à formação de bons mentos humanos pouco contri-