Page 34 - Telebrasil - Julho/Agosto 1987

Os defeitos por assinantes nas redes me­
vice-presidente do Grupo ABC, Luís Alberto
0 Garcia apresentou em sua palestra uma vi­
são geral da CTBC, mostrando que esta opera­
dora oferece serviços na zona rural, inclusive
por situar-se em região essencialmente agrí­
cola, e que não se detém apenas o chamado
filet-mignon. Enfatizou que 20.5% do total da
força de trabalho de todo o grupo ABC está na
telefonia e 24% na eletrônica/informática por
contingência do acompanhamento dos novos
tempos.
A empresa possui hoje cerca de 200 mil ter­
m inais instalados, que do ano de 85 para 86
cresceram em 7.2% , e os terminais em serviços
que no final de 86 eram 167 m il, tiveram um
crescim ento de 14.7% em relação a 85. Em
média, nos últim os 6 anos, a empresa conse­
guiu um crescimento superiora 15%.
— É interessante, coloca Luis Alberto, que
74% dos nossos terminais telefónicos são resi­
denciais e apenas 22% não — residenciais.
Achamos porém que a tendência do não
dencial é de aumentar mais ainda até porque
não existe demanda reprimida do telefone resi­
dencial em toda área da CTBC. Complemen­
tando, a CTBC ocupa a décima cotação no ran
king nacional por terminais instalados.
— Estamos aqui com 15 reclamações por
100 terminais em toda área. Esse pico começa
junto com as chuvas, quando os defeitos au­
mentam. Porém, não chegam a atingir números
desastrosos e a densidade de telefone por 100
habitantes é de 9,3
A utilização da rede externa é dividida em
dois grupos: redes com menos de 1 000 term i­
nais, que apresentam 62% de aproveitamento,
e redes com centrais superiores a 1.000 term i­
nais, também dentro da casa dos 63,5% do uso
da rede como um todo. A área da CTBC possui
apenas 3 ou 4 cidades com mais de 10 m il ter
minais. As demais são todas com menos term i­
nais proliferados em toda área de atuação da
operadora.
Platéia avaliando os mitos e realidade do setor.
nores, com menos de 1.000 assinantes, é de e lamentou “ que tudo o que existe no mundo, de
moderno, nós queremos colocar aqui no Brasil e
1,17, e naquelas com mais de 1 000, de 1.49, nos vangloriar. Do ponto de vista da CTBC, nós
"o que significa um quadro de q u alida de” , queremos é comprar o melhor e mais barato.
garante Luís Alberto. Mas é preciso, por outro lado, que a operadora
pague um preço que possa sustentar o desenvol­
Desenvolvimento vimento da indústria, senão os fabricantes não
tèm condições de desenvolver seus produtos".
Um dos serviços oferecidos pela CTBC “ muito Quanto ao mercado paralelo de telefones,
vantajoso” , segundo o vice-presidente do gru­ Luís Alberto coloca que na área da CTBC o ter­
po, é o da informação do valor da conta pelo minal é vendido mais barato do que na própria
telefone, que funciona 24 horas por dia, total­ operadora, pois não existe falta de telefonese é
mente autom ática, seja sábado, domingo ou fácil de adquiri-los. E enfatiza: “ Só a oferta
feriado. Consiste no assinante discar um código pode acabar com o câmbio negro. 0 brasileiro é
especial, receber em troca a informação e discar um sujeito dos mais inventivos: ele pode irà fila
o número do telefone que lhe fornecerá o nú­ com 10 pessoas e comprar os terminais, bur­
mero da conta, junto com o banco em que está lando de todo jeito um decreto” .
localizada. “ Evita e economiza de distribuir as Disse ainda Garcia que o grupo ABC, como
contas em casa” , comentou Garcia. fabricante e operador de equipamentos de tele­
O trocafone, outro serviço auto m á tico , fonia rural, via a necessidade de produzir equi­
oferece a informação do número que foi tro­ pamento de multiacesso que comutasse dentro
resi­ cado, “ fator que auxilia muito as listas telefóni­ dele próprio sem ser necessário usar numeros
cas não deixando congestionar ainda mais o sis­ da estação principal, sendo intermediado ape­
tema” , diz Luís Alberto. nas por tronco. O primeiro protótipo esta sendo
No que concerne a pesquisa e desenvolvi­ instalado na área da própria CTBC Funciona
mento, ele abordou a interação com a industria dentro do esquema da telefonia móvel, o que
significa grande praticidade para o setor rural,
no campo. .
— Se a demanda aumenta muito, como em
épocas de romaria, através do multiacesso colo
carnos, no local, um telefone publico (um ore­
lhão dentro de uma kombi) que permanece atéo
acrescentou o executivo. evento terminar disse o conferencista
Finalizando, Luis Alberto falou das CPA's, o
tipo de equipamento que se instalará daqui pam
frente na operadora. “ Nós temos 50 mil propn?
dades rurais, na nossa area de concessão e es
per a mos estar com 20% dessas areas cobertas
com telefone até o ano 2000” .
Luís Alberto falou ta m b é m da valohzaçao
que dá ao homem, mandando pessoal para se»
Confeivnnsta Luiz (Jnivia, grupo ABC. treinado junto ao CPqD às custas da própna em
presa, bem como propiciando visilasdeexecu.i
vos à Europa “ para ver o que lá ocorre na are
como por exemplo em RDSI” . Todavia, a mef'
sagem mais importante de Luís Alberto foi no
cante à venda de terminais que considera o u
ro-chefe da empresa. “ Venda quea tec"
garante” é o slogan em uso na CTBC. Foran
mil term inais vendidos em 84, 42 mu em
52 mil em 86. Quanto às listas telefônicas-
acha que a propaganda nela encontra u
culo magnífico que estimula a venda p
fone. . da
Garcia desfilou uma série de serviç ie[i
CTBC: disqueamizade (um dos mais r ta
há mais de cinco anos); telefonia mc' ,(,a.
nas viaturas da CTBC e queremos com ^
la); sim plificação da vida (chamada a
TPs, discagem a cobrar) e outrosma»' iiretfi:
Pjara o ano 2000 a CTBC já tem sl 3La|ado-
chegar lá com 1 milhão de terminais' de unV
E term inou com uma frase que guam , 5. i.
palestra que proferiu na Telebrásem ‘ ^113
para 0 bem do Brasil, rogo a Deus qu
a iniciativa privada no setor” .