Page 5970 - Revista Telebrasil
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tando-se ap en as algum equipam ento.
M as, ao se falar de serviços de faixa larga
(serviços bidirecionais de vídeo, com u O piniões de G lowinski
tados ou não) a rede precisa ser radical
m ente modificada, às custas de enorm e #
investim ento. • Rede Digital E vantajoso tornar é um sistema misto, satélite-fibra óptica
digital a rede urbana e interurbana. que compete com a difusão direta de TV.
Na Europa, os serviços de faixa larga
Quanto à linha de assinante, esta deve via satélite.
representam , em teoria, um fator impor
ser digitalizada apenas quando houver
ta n te sob o ângulo do aum ento da pro
um percentual aceitável de usuários in • Faixa Larga — O primeiro passo é o
dução in d u s tria l, porém , n a p rá tic a , teressados em serviços que requeiram ou da difusão de TV, mas com canal de re
prevê-se um h o rizonte de cerca de 15 tra linha telefônica. torno. Haverá programas locais e em vi-
anos p ara que o processo se rev ista de deotape competindo com a programação
um a m aior im portância prática. • Videotexto — É um serviço de infor das redes nacionais de TV. Pelo cana) de
mações operado a partir da rede telefô retorno poderá haver votação dos usuá
RDS1 nica urbana, incluindo uma central espe rios em relação a que programação dese
cífica para base de dados. Os fornecedores jam ver e ouvir. A segunda fase é esta
de informação preferem, ao contrário, belecer uma rede de faixa larga.
A Rede D igital de Serviços In teg ra
empregar rede de pacotes, que é mais efi
dos re p re s e n ta , sem d ú v id a , um dos
ciente. O verdadeiro inimigo é, todavia, a • F ibra Óptica — A nível de linha de
m aiores desafios com que se defrontam televisão, que é assistida durante horas, assinante, ela só será conveniente se os
as adm inistrações de telecomunicações. diariamente, ao passo que o videotexto é usuários estiverem dispostos a pagar
Poderá levar de 15 a 20 anos para que a utilizado apenas de 2 a 3 minutos. Como para gozar de uma multiprogramaçáode
d ig ita liz a ç ã o ch eg u e a nível do a ssi competir? TV. Porém, cabo coaxial ainda compete
nante residencial, como um todo, dotan com a fibra quando só se quer apenas um j
do-o de m ulti-serviços. E bem possível • Cabo TV — Na França, só existem al canal de TV. \
que decorridos estes anos chegue-se a gumas cidades com este serviço. O melhor
satisfazer às necessidades do mercado
não-residencial.
Todavia, pode o planejador im aginar
que certos segm entos de mercado pode cações, baseadas apenas na velha dupla cu rto prazo (5anos) e o outro faz uma
rã o s e r m a is p e n e tr a d o s ” do q u e telefone-telex. prospecção intelectual do que pretende
outros se encam inhar seu esforço, nesta M as tudo leva, em últim a análise, a ser o futuro a longo prazo (15 a 20 anos).
direção. F ra n ç a , B élgica e Itália em p en sar no enorm e volum e de recursos Cabe no cenário a curto prazo: veri
pregam a estratégia de modificar a rede necessários para im plem entar o concei ficar a penetração dos diversos serviços
telefó n ica e x is te n te (d ig italizan d o -a to de RDSI. Por exem plo, na C om uni (n: de te rm in a is, tráfego, crescimento
progressivam ente) ao passo que o Reino dade Européia fala-se em investim entos esp erad o , ta rifa s e sua repercussão);
U n id o e s tá c ria n d o u m a nova red e da ordem de 400 bilhões de dólares em descrever a rede (arquitetura, digitali
superposta, via satélite, para atender às 15 anos para se estabelecer um a rede de zação , in te g ra ç ã o , custos e investi
necessidades corporativas, deixando a faixa larga, caindo para m etade no caso m entos operacionais por segmento de
d ig ita liz a ç ã o de su a rede trad icio n al de faixa estreita, incluindo term inais e m ercado); e a v a lia r o potencial indus
para m ais tarde. PABX necessários. tr ia l (e q u ip a m e n to s , componentes,
Isto dependerá do g rau de d ig itali O segredo para o sucesso da im planta P& D , nível tecnológico, participação
zação da rede, que na F rança já u ltra ção vitoriosa de um a RDSI é um só o internacional).
passa o índice de 30% perm itindo a co problem a deve ser atacado globalm ente A longo prazo, o jogo passa a ser co
n e x ã o d ig ita l te rm in a l a te rm in a l, pelas operadoras, pela indústria e pelo m andado pela consistência a ser manti
atrav és da introdução apenas de sinali g o v ern o , a v a lia n d o c o rre ta m e n te o da en tre os fatores técnicos, industrial,
zação e de uns poucos equipam entos adi potencial que o mercado oferece. sócio-económ ico, levando em conta os
cionais. Ao invés, nos casos em que a aspectos regional e internacional, tudo
com utação pública d ig ital e a rede de P lan ejam en to isto coerente com o cenário já estabele
troncos for apenas da ordem de 1 a 2%, se cido p ara outro prazo. Equivale a des
rá talvez preciso adotar outras estra té Em term os de planejam ento, a p er crever tecnicam ente o que será a rede do
gias para se chegar à RDSI. gunta fundam ental a fazer é uma só — a ano 2000 ou 2010; que investimento e
No c e n á rio eu ro p eu (12 p aíses), o quem se destinam as telecomunicações parque industrial devem ser previstos, e
período de 1990 a 1995 poderá ser o de do P aís? C o n ceitu ai m ente, as TCs se que m edidas adm inistrativas, legais e
m aio r investim ento global e da in sta ap o iam n u m trip é c o n stitu íd o s pelo políticas, deverão ser tomadas.
lação da rede de assinantes RDSI, para serviço, pela in fra-estru tu ra da rede e Como resultado de tal processo o que
um sistem a de comunicações integradas pelo aspecto industrial? se esp era obter é, p ara as operadoras
de faixa e s tre ita p ara o m ercado não Q u a n to aos serv iço s é n ecessário u m a d efin ição dos padrões de trans
resid en cial e p ara os u su ário s in d iv i avaliar que dem anda existe nos m erca m issão (m icroondas, satélites, cabos,
d u a is (a fic c io n a d o s da in fo rm á tic a ) dos dom ésticos e residencial, frente às fib ra s); de co m u tação a (RDSI, faixa
que as desejarem , dispostos a pagar as condições sócio-económicas existentes, larga e estreita) e de rede local (a nível
novas tarifas. to m an d o em co n ta as d iferen ciaçõ es de assin an te). P a ra a indústria é dar-
N ão se pode esquecer que os serviços regionais. Q uanto à rede há que consi lhe o benefício das perspectivas a curto«?
de te le c o m u n ic a ç õ e s são m ercad o e d e ra r os aspectos económ ico e técnico longo prazos para seus produtos e servi
d e ssa m a n e ira d ep en d em do e sta d o (c r e s c im e n to ,‘d ig ita liz a ç ã o , i n t e ços. P a ra os legisladores e administra
sócio-económico de cada região ou País. gração, facilidades existentes, padroni dores contem plá-los com um elenco de
Até que ponto o consum idor residencial zação). Q u an to ao ân g u lo in d u s tria l dados objetivos que necessitarão para
estará disposto a pagar pelas novas faci consiste em estim ar o mercado dom ésti decidir sobre questões tais como: des
lidades? P re fe rirá co n su m ir m ais TV co e p a r a e x p o rta ç ã o , in c lu in d o os re g ram en to ou monopólio, pesquisai
ou m ais videotexto? E quanto ao mundo mercados afins da autom ação e do entre desenvolvim ento, economia de escala
dos negócios? A inda é preciso conven tenim ento eletrônicos. sin erg ia e n tre telecomunicações, com
c e r m u ito s e m p r e s á r io s q u e s e u s D esenvolvem -se dois tipos de cen á p u tad o res e en treten im en to . Ccmiojá
negócios não progredirão se co n tin u a rio s Um d ele s e x tra p o la a situ a ç ã o d isse o p o e ta — p la n e ja r é tambér
rem p e rs is tin d o n a s a tu a is com uni- atu al e a projeta para um horizonte de sonhar um pouco. *