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A u n i ã o f a z a f o r ç a
O conceito de rede local é relati­ mento de dados efetuada pelos micros, a ní­
vel de usuário.
vamente novo, especialmente no
Em termos práticos, o processamento em
Brasil, onde só agora suas carac­ lotes (batch), que envolvia extensa digitação
terísticas e aplicações princi­ de documentos de entrada, foi sendo comple­
mentado, inicialmente, pelo uso de terminais
piam a ser difundidas. Este ar­ on-line (levando o computador ate o usuário),
tigo procura dar uma visão geral e depois, com a entrada dos micros, passou a
aos leitores em relação a este surgir certa capacidade de processamento
em «âmbito local. A descentralização não só
meio de comunicação. democratizou o processamento, mas facultou
também o surgimento de novas aplicações,
como o processamento de texto, a automação
Fantástico é a exclamação que se ouve em de escritório, o processamento cooperativo e o
relação ao modo com que os computadores correio eletrônico.
pessoais se disseminaram no meio empre­ Para dar suporte ao crescimento da infor­
sarial. Assim como uma só andorinha não faz mática evoluiu também a comunicação de
verão, computadores pessoais não quiseram dados, ainda que t e l e x e t e l é g r a f o
permanecer isolados e nasceram as redes lo­ precedido de muito o aparecimento dos pri­
cais. Nos Estados Unidos são mais de ‘200 for­ meiros computadores. Todavia, desde a dé­
necedores disputando o mercado de redes lo­ cada de 50, os primeiros computadores sen­
cais, e no Brasil — que vem a reboque com 3 a tiram necessidade de se comunicar com o
4 anos de atraso — surgem os primeiros pro­ meio exterior, primeiro através de terminais
dutos. locais, que se tornariam depois distantes
Mas, afinal, o que é uma rede local? Em utilizando como meio a rede telefônica analó­
primeiro lugar, convém esclarecer que o gica e a intermediação de modems.
termo não significa rede urbana, mas sim re­ Já os anos 60 caracterizaram-se pelo uso
de interna se considerado o jargão empre­ das técnicas multiponto (vários dispositivos
gado pelas operadoras de telecomunicações. pendurados na mesma linha) e pelo compar­
Na realidade trata-se de um meio de interco- tilhamento ou multiplexação da porta de E/S
nexão, com esfera de ação de uma centena de (entrada/saída) do computador, juntamente
metros, destinado ao compartilhamento de com uma parcela de "inteligência” colocada
recursos de informática (periféricos, dados, nos term inais remotos. Uma década mais
programas e serviços) no âmbito da empresa. tarde era a vez do computador central exibir
uma unidade frontal destinado a aliviá-lo
Origens das complexas tarefas de comunicação. Da­
tam desta época, os dispositivos concentra­
As primeiras redes locais, que datam dos dores dotados de memória permitindo ligar
anos 77/78, tinham como finalidade interli­ diversos terminais ao processador central,
gar computadores de grande porte. Com a por meio de uma única linha. Finalmente, ao
chegada dos chips de alta integração, o ce­ início de 80 surgiriam redes para o comparti­
nário da inform ática começou a mudar, lhamento eficiente de recursos locais propi­
dando lugar à presença dos microcomputa­ ciados por micros, servidores informáticos,
dores que passaram a participar cada vez seus programas e arquivos.
mais do mercado de informática — 7,6%, em Lembrando, brevemente, o lado das co­
75; 23,5%, em 80; e 45%, em 85. Em conse- municações de dados à longa distância (urba­
qüéncia surgiriam, no início da década, as nas, interurbanas e internacionais) verifica-
primeiras redes locais comerciais. Havia se que as primeiras redes comerciais foram
cambiado a ênfase exclusiva em computa­ constituídas de ligações ponto-a-ponto, do
dores mainframe (de grande porte), admitin­ tipo em "estrela”, destinadas a dar suporte a
do-se agora a descentralização do processa­ serviços como o time-sharing (compartilha­
João Carlos Pinheiro da Fonseca
mento em tempo), reserva de passagens aé­
reas, aplicações bancárias. Visando baratear
o custo e dar melhor fiabilidade às comunica­
ções de dados, surgiria, em 64, no Pentágono,
a idéia do compartilhamento de circuito?
para enviar pacotes de informações. 0 es­
forço desembocaria, em 1969, na rede experi­
mental Arpanet (EUA) e, em 76, na primeira
rede comercial de pacotes — Telenet. Hoje. a
comunicação por pacotes está disseminada
no mundo todo e é representada no Bra?il
pela Renpac, operada pela Embratel.
Para os mais interessados, eis como fun­
ciona uma típica rede de pacotes: — A infor­
mação a ser transmitida é dividida em uma
ou mais séries de bits seqüenciais (de 128 a
512 octetos) a que se acrescentam bits de en­
tenham dereçamento e controle para formar o pacote
A rede e constituída de segmentos de tram
missão, interligados por nós de comutação
que são computadores destinados a receber
pacotes e encaminhá-los ao destino peto ca­
minho mais disponível, no momento Com-'
cada pacote leva tempo determinado para
percorrer a rede — dado pela soma dos tem­
pos em que ele caminha nas linhas e o tempo
de retransmissão nos nós — usa-se de um ar­
tifício para que todos cheguem sequencial-
mente em seu destino, a fim de minimizar,
trabalho de recompor a mensagem original
Para isso, lança-se na rede um pacote inicia!
que estabelece uma rota ou circuito virtual,
que será seguida pelos demais pacotes de
uma mesma chamada.
Contrapondo-se à filosofia da rede de pa­
cotes existe a comutação por circuitos em que
se estabelece um caminho físico permanent-
entre os usuários, tal como ocorre numa ga­
mada telefônica. A transmissão de dados b
seada no uso da rede telefônica — deserve;
vida para a transmissão analógica de vo.
está limitada, por motivos técnicos, à velu
dade de transferência da ordem dc 9.6 kb: ¦
com taxa de erros de 1 bit em cada W bife
transmitidos. Com a progressiva digita ­
ção do sistema telefônico e a chegada dafry
Digital de Serviços Integrados — KD^!
carão disponíveis velocidades bem nv v‘
da ordem de 64 kbit s e até de 2 Mbit ^
Com a entrada da RDSI com inter;
144 kbit/s e 1.984 kbit/s ocorre per/- •
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