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vez, que seja hábil essa prática, sem como sistema indispensável ao desen
se dar conta de que uma batalha tra volvimento material e moral das na
vada sem ânimo para enfrentar o ini ções e condição de se atingir ao equi
migo em toda a frente e todas as po líbrio e à justiça, na distribuição de
sições, é batalha perdida, que não che bens e (vantagens materiais. Esta é
ga a mascarar uma capitulação. a posição dos que repelem e repugnam
o comunismoo.
Ora, o capitalismo não é uma dou
trina ou uma filosofia, mas um fato. Que há distorções e abusos a pedir
Um fato econômico-social, que assenta, correção, sôbre o regime capitalista,
como sistema, às atividades que lhe ninguém discute. E’ preciso, porém,
dão origem, sobre as bases invulnerá corrigir umas e outras, sem ferir de
veis da realidade — uma realidade uni morte o regime, o que levaria à sua
versal e permanente, surgida, por si substituição por outro, de consequên
mesma, das contingências sociais. Sob cias funestas, pois que as injustiças
a sua égide, nem tudo se passa às mil e desequilíbrios são ainda mais gra
maravilhas, é certo. Mas as retifica ves e não deixam margem a qualquer
ções que a vida e o equilíbrio social esperança de corretivo.
reclamam para serem válidas, e prin Apresentar o capitalismo como uma
monstruosidade — se isso tem sido
cipalmente, eficazes, não podem pura feito a pretexto de fazer média com
e simplesmente negá-lo, antes o afir
os grupos e correntes de opinião que
mam, dirigindo-se a corrigenda às não admitem médias, porque são ex
suas distorções.
tremados — é desservir e deseducar
Não se pode chamar de capitalismo, o povo trabalhando para o inmigo.
corretamente, senão a um sistema eco Proclama-se, pois, que nenhuma in
nômico-social fundado no reconheci justiça social, nada que atente con
mento da legitimidade do capital. E tra a dignidade da condição humana,
quem diz «capital», diz propriedade, merece a aprovação e apoio, sob qual
liberdade de iniciativa e de comércio, quer regime. Insiste-se, porém, e em
de contrato e de mercado. Êsse conjun defesa da mesma dignidade humana,
to de liberdades forma o alicerce de em que, sob o regime capitalista, há
outras liberdades mais altas e essen corretivos para as injustiças e técni
ciais, como a de opiniões e consciência cas de regular a distribuição de bens,
e sua manifestação. Sua vigência ca de forma a assegurar a todos o acesso
racteriza o estado de direito, em que à sua posse e fruição, sem sacrifício
o indivíduo encontra meios de recur de nenhum dos valores essenciais à
sos para se defender contra o poder dignidade da vida.
e seus eventuais abusos. Não dizem a verdade os que afir
Todas essas liberdades são solidá mam o contrário. Alguns, por equívo
rias entre si. O desaparecimento de co, e de boa-fé, imediatamente apro
uma só delas ameaça e põe em risco veitados e explorados pela malícia dos
a tôdas as outras. Cumpre, pois, de que ocultam, sob a máscara de uma
fendê-las, a tôdas e a cada uma, in suposta preocupação igualitária, uma
transigentemente, convictamente, de desenfreada opressividade e traiçoei
claradamente, com firmeza e decisão, ra ambição de poder».
NOVOS CANAIS DE MICRO-ONDAS PARA GOIÁS
O «Correio da Manhã» anunciou, em de ligações interurbanas, iniciou estu
sua edição de 13 de outubro último, dos para a instalação de novos canais
que o Departamento Estadual de Te de micro-ondas ligando Goiânia às ci
lecomunicações de Goiás, com o obje dades de São Paulo e Rio de Janeiro.
tivo de atender ao aumento do número