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Epitacio Pessoa e Borges de Medeiros» O Lhoyd telefônico mineiro poderá
quando» cegamente, os dois marcharam pa ser posto na rua por uma recua de de
ra a encampação do porto do Rio Gran magogos, mas nunca pelo antigo presiden
de e da "Auxilliaire". te do Banco Nacional. "
Eu estava em Londres, no outono de
1920. Tudo o que escrevi, e disse pes n Ao TEM SENTIDO DESMEMBRAR OS
soalmente a Epitácio Pessoa, acerca da SERVIÇOS DE UM ESTADO, QUANDO SE
criminosa exportação de capitais, e de téc TRATA £ DE INTEGRAR E ARTICULAR
nica ferroviária e portuário, se cumpriu.
A liçao, porem, de nada serviria aos seus
compatriotas do dia de amanhã. Em uma de suas magnificas va
rias, o "Jornal do Comércio", edição de 4
Fui, um dia, visitar o porto do Rio de abril, registra os acontecimentos rela
Grande, que e um edifício monumental. cionados com a intervenção na CTB, assi^
Tanto as obras de mar, como a outra par nalando, com toda a propriedade, o quanto
te das instalações na terra firme, eram" vem o problema sendo colocado perigosa-
um cemitério.
mente, em termos inaceitáveis e como tem
sido funesto o choque que ocorre entre as
Tal o resultado da encampação do por administrações estaduais e o Governo Fe_
to do Rio Grande pelo Estado brasileiro.“ deral.
Em nenhum da atividade naclo Diz a "vária" em questão o se
nal, exerceu-se nociva a influência guinte :
outubrista, quanto no terreno, do qual nos
vimos ocupando. O problema dos telefones está sen
do colocado perigosamente em termos de
E, em face da situação cambial, de inaceitável inatualidade e focalizado de
corrente da queda das taxas cambiais, no um ângulo errôneo e funesto de choque
ano de 30, o governo provisório recusava entre os governos federal e estadual e
se, por tõda parte, a autorizar os reajuiT no terreno da luta contra o investidor es
tamentos indispensáveis nas tarifas dos 5 trangeiro. Assim, o resultado poderá
contratantes dos serviços públicos. Excep ser mais algum fulgurante volume na li
cionalmente, os consentia com fundamento teratura polemica nacional mas, nunca, a
nas majorações de salários. construção de um serviço eficiente de que
o Brasil atual já não pode mais prescln
Disse o nosso insigne colaborador A dir. É precisamente isto que cumpre e
belardo Carneiro da Cunha que, em nosso vitar.
país, o serviço telefônico é dado de ^ra
ça. Êle parece ter ouvido um notável Se a violenta expropriação de que foi
engenhe ro e empresário, na Suiça, per vítima a Companhia Telefônica Rxo-Gran
guntar-me, um dia, em Zurich: dense foi um sinal de alarma e tantos
prejuízos e dificuldades nos trouxe,o pro
— "Quanto pagam os senhores,em fran blema que, então, se criou transforma-^"
cos suíços, pela unidade de tempo, pelo u
se num detalhe de significação e impor
so do telefone ? ". ”
tância menores, diante da magnitude que
a questão das telecomunicações atinge, -
— "Desconhecemos o telefone medido", quando se trata da C .T .B .. E isto é
respondi, envergonhado, como se o Brasil assim não só porque se trata de uma
fosse uma provinda da Cafearia.
empresa que enfeixa cerca de 82% do
serviço telefônico de todo o país, mas,
— "Neste caso, seu país não tem ser
principalmente, porque se trata do Rio de
viço telefônico, retrucou o meu interlocu“
Janeiro que é, na realidade, a central te
tor. "Verá o dia em que as cidades bra
lefônica do Brasil inteiro. E mais na
sileiras terão fantasmas, em lugar deconT
da: a central de todo o sistema de te
panhias de comunicações urbanas". ”
lecomunicações, cobrindo não só nossa pró
pria vastidão continental como, inclusive, “
Um governante, dos níveis morais do
as comunicações com o exterior. Como
presidente de Minas, não irá assumir a
ponto de partida, portanto, a questão não
responsabilidade por dois atos errados.
e estadual, nem municipal. Em seguida,
salta à vista, que não se trata de um
O primeiro, seria agir como se as
simples negócio mas de um item predo
empresas telefônicas, que operam no Bra
minante no ternário da segurança naciõ"
sil, fossem desidiosas, em vez de perse“
nal. Uma coisa é a execução técnico“
guidas pela cobardia dos governos. O se
industrial, o problema tarifário, os custos
gundo, fora dispor-se a fazer, na sua ter
de instalaçao, manutenção e expansão dos
ra, um telefone estatal. ~
serviços. Outra, muito diferente e per