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freqüências de transmissão, 1.725 megaciclos e 6.390 megaciclos, respec­

tivamente. A freqüência de telecomunicações satélite-terra, em 4.170 me­

gaciclos, é a mesma em ambos os satélites. A estação brasileira COMRIO,

projetada para o satélite RELAY, não poderá, portanto, transmitir para

o TELSTAR, pelo menos nas experiências iniciais. Entretanto, serão feitas

experiências de recepção com êste satélite.

O lançamento do TELSTAR deverá antecipar-se ao lançamento do

R E LA Y e está previsto para meiados de Julho 1962. Naquela ocasião,

somente as estações de Andover, Goonhilly e Plummeur-Bodout deverão

estar em condições operacionais.

Após a conclusão das fases experimentais acima descritas, novas

fases serão programadas com emprêgo de outros tipos de satélites em ór­

bitas diferentes. A NASA está programando uma série de experiências

com satélites passivos, do tipo ECHO II, que será esfera uma inflada, de

140 pés 43m.) de diâmetro, recoberta com material aluminizado, de grande

resistência a bombardeio de micrometeoritos. Êste projeto denominar-

-se-á REBOUND e destina-se a estudar os problemas de comunicações,

aquisição e seguimento com satélites passivos.

Qualquer sistema de telecomunicações baseado no emprêgo de sa­

télites, ativos ou passivos, a baixa ou média altitude, necessitará, para as­

segurar comunicações constantes e de alta confiabilidade, de um conside­

rável número de satélites em órbita. Quando mais alta a órbita, menor o

número de satélites necessários, por causa do maior tempo de visibilidade

mútua de cada satélite entre as estações terrestres.

Uma das fases programadas, denominada «SYNCOM», e que está

sendo objeto de grandes controvérsias, constará do lançamento de um sa­

télite ativo, numa órbita equatorial, à 22.300 milhas (36.000 Km.) de

altura, cujo período será de 24 horas, portanto sincronizado com a rota­

ção da Terra. Acompanhando o sentido rotacional da Terra, o satélite fi­

cará fixo em 2*elação a um determinado ponto geográfico.

Três satélites, colocados àquela altura e com afastamento igual en­

tre eles (120 graus), poderão iluminar quase tôda a superfície da terra,

com excepção das calotas polares, acima de 85 graus de latitude Norte e

Sul que, em realidade, não interessam às comunicações comerciais, no

momento.

Existem, entretanto, inúmeros problemas de ordem tecnológica e

científica a serem resolvidos antes de poder alcançar a fase experimental

com estes satélites. Um dos problemas, e não é o menor, é o relacionado

com o tempo de percurso do sinal, de terra à satélite à terra, estimado

em cerca de 0.6 segundos, considerado prejudicial às comunicações tele­

fônicas. Outros problemas, de considerável magnitude, serão os com res­

peito ao controle de velocidade e altitude do satélite, diretividade das an-