Page 6007 - Revista Telebrasil
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Poder-se-ia argum entar que os ingressos N a projeção e cálcu lo dos in g resso s e sente, é imperioso que se exam ine um hori
líquidos de caixa gerados pelo equipam ento saídas de caixa futuros, deve-se considerar zonte de tem po igual para todas as a lte rn a
de menor prazo de entrega são desprezíveis tam b ém a p re v isã o de in flação e o u tro s tivas.
ou até negativos, devido ao alto custo de fatores conjunturais e políticos que possam Esse in terv alo de tem po é d eterm in ad o
operação do projeto, especialm ente no caso vir a influir nos resultados. v erifican d o -se a té q u e m om ento ex istem
de projetos de cunho exclusivam ente social saídas ou ingressos de caixa distintos entre
e político. N este caso, p a re c e não cab e r Prazos as a lte rn a tiv a s an alisad as. No exem plo da
nenhum cálculo de valor atu al, pois o propo figura 1, verifica-se facilm ente que o h o ri
nente escolhido por este método, no caso de O prazo de fornecim ento influencia, de zonte de cálculo deve ir até o m ês 33, visto
preços e condições de p ag a m e n to ig u ais, modo ponderável, tanto a projeção de valo que, a p artir do m ês 34, todas as três a lte r
seria aquele de m aior prazo. res futuros como o cálculo do valor presehe n ativ as passarão a g erar o mesmo ingresso
Nos projetos econom icam ente inviáveis, de cada v alo r. A v a riá v e l prazo deve ser líquido de caixa R.”
em que a receita operacional não rem unera adotada com m uito critério.
o investim ento, m as que precisam ser con Deve-se observar as condições de paga Taxa de juros
cretizados por razões políticas ou sociais, os m ento constantes nas diferentes propostas
fatores ponderáveis p a ra classificação de com erciais p a ra todos os valores conside A ta x a de ju r o s a s e r a p lic a d a n o s
proponentes deverão ser outros, ta is como rados, tais como valores básicos dos equipa estudos com parativos será decidida após a
m en o res p re ç o s , p r a z o s m a is c u r to s , m e n to s , d a s in s ta la ç õ e s e te s te s e dos verificação se a em p resa com pradora, por
melhores condições de pagam entos etc.” d em ais serviços, dos im postos, do tre in a ocasião da re a liz a ç ã o dos in v e stim e n to s,
Outro ponto ressaltado pelo executivo é m en to e tc ., a ssim como dos re sp e c tiv o s e s ta r á n u m a s itu a ç ã o de a p lic a d o ra de
o do estab elecim en to de v a lo re s fu tu ro s. e v e n tu a is reaju stes — observa Tim o Aal- cap ital ou n u m a situ ação de tom adora de
Devido aos prazos re la tiv a m e n te longos, tonen, que, a seguir, dá um exemplo: capital.
característicos dos projetos de telecom uni ''C o n sid erem o s um a c e n tra l CPA que A tax a de ju ro s não deverá ser sim ples
cações, os seus preços são reaju stáv eis. As o proponente A inicia a instalação aos 16 m ente a taxa do m ercado e sim aquela que
receitas que ocorrerão depois de um ano ou m eses e a term ina aos 21 meses da assina for real para a em presa. No caso da em presa
m ais, tam b ém não s e rã o as m e sm a s de tu ra do co n trato . Após 3 m eses de testes ser tom adora de capital, de quem este capi
hoje. Deve-se, então, adotar, criteriosam en d eterm in ad o s pela em presa operadora, ou tal será tomado e a que custo?
te, as taxas de correção de preços e fórm ulas seja, aos 24 meses, os equipam entos sao a ti Na altern ativ a de aplicadora de capital,
de reajuste a serem incluídas nos contratos. vados co m crcin lm en te e os te rm in a is ou deve-se verificar onde a lei perm ite aplicar o
Dessa form a têm -se os d iv e rso s v a lo re s troncos passam a gerar um ingresso de caixa cap ital e a que rem u n eração . C abe a in d a
básicos a serem p ag o s e os se u s c o rre s m ensal R. o b serv ar que o custo fin an ceiro , em um a
p o n d e n te s v a lo re s de r e a ju s ta m e n to , Os p razo s c o rre sp o n d e n te s ao propo econom ia com alto potencial inflacionário,
c o m p u ta d a s i n c l u s i v e a s e v e n t u a i s nente H sao 19, 23 e 26 meses, respectiva sem pre re fle te o co m p o rtam en to de d u as
ab so rçõ es. N ão se p o d e e s q u e c e r q u e m ente, o ao proponente C , 21,29 e 32 meses v ariáv eis d istin tas: a ex p ectativ a da tax a
eventualmente os valores de reajustam ento (vide fíg, 1) di* inflação propriam ente dita e um compo
serão pagos com p ra z o s d if e r e n te s dos Conformo ensina a literatu ra especiali nente de juros reais.
valores básicos, o que deve ser devidam ente zada, ao se co m p arar a lte rn a tiv a s u tili Tirno A altom en reconhece que o cálculo
considerado nos cálculos. zando o m étodo de calculo do valor pre propriam ente dito poderá ser feito m anual-
m ente, m as á custa de m uito tem po e tr a
balho. As calcu lad o ras fin a n c e ira s e p ro
g ra m á v e is do tipo IIP , T ex as e tc ., a b re i
viam, porém, o tempo de cálculo e os com pu
tadores pessoais vieram facilitar, de form a
PROPOSTA im pressionante, este tipo de cálculo.
A As planilhas elaboradas com a ajuda de
p ro g ram as já d isp o n ív eis no m ercad o de
Inst e Testes inform ática, do tipo Super Visicalc e sim i
lares, podem ser criadas facilm ente, tendo
como v a riá v e is de e n tra d a os v a lo re s ou
p e r c e n tu a is de v a lo r e s , os p ra z o s dos
eventos, os prazos p ara o p ag am en to d as
obrigações, as taxas de juros expurgadas da
inflação p rev ista, as ta x a s de correção de
preços, as taxas de inflação, os valores das
PROPOSTA receitas etc.
B O utra vantagem dessas p lan ilh as é que
as m esm as perm item estudos de sen sib ili
dade dos cálculos com relação a d iv e rsa s
v a riá v e is e m p re g a d a s. P ode-se e fe tu a r,
fa c ilm e n te , c á lc u lo s em fu n ç ã o de p r e
visões otim istas, previsões re a lista s e p re
visões pessim istas.
Conclusão
PROPOSTA
c Ericsson, em concorrências relativas à aq u i
P a r a o g e r e n t e d e m
a r k e t i n g d a
sição de equipam entos CPA e outros bens
de cap ital g erad o res de receita, a q u a n ti
dade de v ariáv eis a serem consid erad as e
sua dinâm ica, especialm ente em períodos de
instabilidade conjuntural, não perm ite um
julgam ento sim ples da proposta m ais econô
m ica. T orna-se en tão necessário o uso de
procedim entos adequados de cálculo p ara
Legenda:
valorizar os dispêndios, as receitas e prazos
de fornecimento.
P Saída de Caixa
Valor A tual = O u so d e c o m p u ta d o r p e s s o a l com
Ingresso de Caixa
s o f t w a r e de p la n ilh a s eletrô n icas to rn a o
tra b a lh o ráp id o e p erm ite ain d a te s ta r a
sen sibilidade dos cálculos às v ariáv eis de
Figura 1 — Fluxo de Caixa Comparativo entrada. v