Page 6003 - Revista Telebrasil

A m em ória cache do H P 3000
A in d ú s tria de c o m p u ta d o re s e stá
sempre procurando novos conceitos e de­
talhes de engenharia destinados a redu­
zir custos e m elhorar a perform ance de
suas m áquinas. E o caso do em prego da
memória cache, baseado no fato que um
bom co m p u tad o r tem q u e a p re s e n ta r
equilíbrio adequado entre a velocidade do
processamento, a capacidade de arm aze­
namento e o custo por byte processado.
Ponto fundam ental, portanto, são os
dispositivos de m em ória que devem per­
m itir acesso rápido e, ao mesmo tem po,
arm azenar grande quantidade de infor­
mação In felizm en te, as m em ó rias de
acesso m ais rápido são as m ais caras e as­
sim são m antidas com baixa capacidade.
Existe toda um a h ierarq u ia de m em órias
no computador. As m em órias de m ais alta
capacidade e de custo m ais baixo por byte
(tais como disco e fitas m agnéticas)
mas que possuem um a velocidade de aces­
so à inform ação relativ am en te lenta
ocupam a parte m ais baixa da hierarquia
e denominam-se m em órias periféricas ou
se c u n d á ria s v isto tra b a lh a re m
longe da região do com putador, "onde as
coisas acontecem ”.
Subindo na h ierarq u ia, seguem -se a
m em ória principal, a m em ória cache, a
m em ória de m icrocódigos e os reg istra­
dores. Estes últim os são dispositivos ex­
tre m a m e n te ráp id o s e que tra b a lh a m
d iretam en te com a unidade cen tral de
processamento — UCP.
Mas a hierarquia dos dispositivos não
é tudo. O u tro a sp e c to a c o n s id e ra r é
quanto a disponibilidade da inform ação
necessária no m om ento de subm etè-la à
UCP. Se tal inform ação estiver, digamos,
arm azenada num a fita m agnética, levará
algum tempo até ser pesquisada, encon­
trada e levada até a m em ória principal
para ser processada. E n q u an to isto, a
UCP, com parativam ente m uito rápida (e
dispendiosa), ficará parada. E, então, con­
venientem ente que a inform ação neces­
sária fique arm azenada o m ais próximo
possível à UCP.
Por outro lado, é certo que certas infor­
mações, num dado program a, serão esta­
tisticam ente m ais utilizadas do que ou­
tras. Que tal se, um a vez identificadas, fi­
cassem arm azenadas num a pequena m e­
m ória, de acesso m ais rápido e m ais próxi­
m as do processador? Este é o princípio da
m em ória cache, em pregado nos com puta­
dores m ais m odernos, tais como no HP
3000, produzido no Brasil pela Tesis.
Disco
As m em órias de disco, segundo um es­
tudo relatado por J.R . Busch e A. J. Kon-
doff, da H P, tem alcançado tem pos de
acesso de 10 ms, que é ainda cerca de 5 or­
dens de m agnitude abaixo da velocidade
de operação das UCPs. Visto porém que
alcançam alta densidade de informação, a
baixo custo, tòm sido escolhidos como
meio secundário de arm azenam ento em
relação a outras tecnologias como ( ’Dl),
bolhas m agnéticas e de sem icondutores
RAM.
A idóia c, então, procurar m elhorar a
eficiência dos discos quer colocando uma
memória interm ediária ent re eles e a me
moria principal (cache externo), quer re­
m ais
servando uma parte da memória princi
pai, para tal finalidade (cache interno).
Trata-se, nada mais do que um proble­
ma de engenharia de computadores, que
lança mão, inclusive, de modelos m ate­
máticos. para avaliar qual a melhor solu­
ção para cada caso. Um ponto im portante
desta engenharia é o do software desti­
nado a aplicar um a estratégia adequada
para reconhecer as informações que são
m ais solicitadas e o que fazer com elas.
A p arte m ais crítica de um sistem a
operacional, que comanda os recursos do
computador, é o seu kernel, que serve de
interface virtual entre o software de mais
alto nível (aplicações e banco de dados) e
os recursos prim ários de hardware da m á­
quina. No caso do HP 3000 foi desenvol­
vido o MPE-IV kernel, procurando otim i­
zar as estratégias e a cooperação dos re­
cursos do computador, além da utilização
de cache na m em ória principal, suple­
m entada por m elhorias no acesso das me­
m órias secundárias.
/ •
Tecnologia
é com a Sisco
A linha básica de produtos da Sisco
compreende o micro profissional MS
800, compatível com CPM; o PCXT, com
tecnologia de 16 bits e compatível com
sistema operacional Unix; o Sistema
4000, ura mini com memória de 128kb e
suportando até 4 discos de 10Mb. Para
controle de processos a empresa oferece
o U S C M I C 1 0 0 0 .
A grande estrela da Sisco, no en­
tanto, é sua linha de supermínis, nas­
cida em 83, d en om in ad a S istem a
10.000, incorporando arquitetura bitsli-
ce, com tempo de execução de 150ns, me­
moria de 512kb, memória cache e com­
patível com sistemas operacionais, tais
como (Blis/Cobol;IDOS/8000;DOS/800;
e Mumps). A versão 10.000/TC possui
tecnologia compactada e aceita o sis­
tema operacional Pearl. O 10.300AXéo
modelo de arquitetura extendida.
A Sisco, no entanto, comercializa ou­
tros produtos, frutos de seu desenvolvi­
mento. Dentre eles: o TPS 3270, que
emula a unidade de teleprocessamento
IBM 3274/6 e permite a conexão de até
64 dispositivos; o CN203, controladora
de impressoras; o CA01, comutador de
periféricos; o RJE 3780, sistema de im­
pressão remota; o TV 3000 terminal in­
teligente; a CDD 1000, memória cache
de disco; o WD03 sistema de supervisão
para UCPs trabalhando em dual; e o
Sistel para relatórios de centrais telefô­
nicas.
Fundada em 73 (vide quadro), a Sisco
após arrojado início, ampliou suas ativi­
dades procurando centrar sua atuação
na excelência tecnológica.
EVENTOS - PRODUTOS
78 início das atividades
MB 8000 — supermini
TV-2000 — terminal vídeo
MIC 1000 — supervisão
79 unidade fabril (SP)
- 80/81 filiais RJ, BH, BSB, CTB, POG, RCF.
82 MB 8000/SM — supermicro
83 filial de Campinas
10000 — supermini
MB 8000/SMII — supermicro
MS 800 — microcomputador
CDD — cache dinâmico
f
84 filial de Salvador
85 Sisco PC/XT
4000 minicomputador
10000/TC — supermini
86 10300 AX — médio porte