Page 6127 - Revista Telebrasil
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A          n se lm o   N a k a ta n i,  d ire to r-p re s id e n te   da                                                                        garra  para  sobreviver",  explica  N akatani.                                                                                                 em  P&D  form ando  não  só  engenheiros  e  té c n i­

                                                                                                                                                                                                                                                                                                              cos para  absorver o know-how,  mas e  p rin c ip a l­
                                                                                                                                                                        —  N aturalm ente é m ito pensar que no Japão
                          Furukawa,  fabricante de cabos  para  te le co ­

               m unicações e eletricidade,  adequou  sua  pales­                                                                                               tu d o   é  cor-de-rosa,  bem  planejado,  que  todos                                                                                          m e n te   de  b u s c a r  o  kn o w -w h y,  (as  razões  do


               tra ao tem a  do  próprio  painel  “ M itos e  R ealida­                                                                                        tra b a lh a m   m u ito   e  são  d e d ic a d o s ,  que  não                                                                                fazer).



               des das Telecom unicações“ ,  com   o que ele  iria                                                                                             existe  p o litica g e m ,  nem  luta  pelo  poder,  que                                                                                                 R eferindo-se aos  preços do m ercado in te rn o


               desenvolver,  “ Executivo  B rasileiro  na  M u ltin a ­                                                                                         não existem  executivos autoritários ou egoístas                                                                                              japonês,  disse  N akatani  que  “ não  deixa  de  ser


               c io n a l" .  Baseado  em   dados  c e d id o s   em   sua                                                                                     —  a d m itiu   o conferencista.  Talvez ocorram   em                                                                                           um   m ito   im aginar que os  preços  brasileiro s são



               m aioria  pelo  M inistério da  Indústria e Com ércio                                                                                            m enor quantidade.  Portanto,  não é o sistem a de                                                                                            todos  m u ito   elevados.  Com  exceção  de  alguns


               do  Japão  (M IT I),  ele  elaborou  com parações  de                                                                                            gerenciam ento  japonês  a  chave  do  bom  resul­                                                                                            casos gritantes com o o cobre da Caraíba  M etais


               m itos  e  realidades  entre  a  em presa  japonesa  e                                                                                           tado,  mas sim  a  boa adm inistração,  o que é ab­                                                                                           e  m icrocom putadores  de  16  b its,  os  preços  no


               sua  atuação  no  B rasil,  de  acordo  com   as  p a rti­                                                                                       solutam ente  universal,  concluiu  Nakatani.                                                                                                  m ercado brasileiro não são tão elevados com o se



               cu la rid a d e s  das  respectivas  c o n ju n tu ra s   c u l­                                                                                          O em presário não deixou de se referir à  polí-                                                                                       im a g in a "  (vide tabela).  {N P R )


               tu ra is  e  económ icas.  "T o d a   e  q u a lq u e r  c o m ­


                paração que farei adiante tem  sem pre atrás de si



                a intenção positiva e construtiva de m editarm os


                sobre com o aproveitar a experiência alheia  para


                m inim izar  nossos  p ro b le m a s".


                         Com a fin a lid a d e  de m elhor colocar as in te n ­


                ções  que  regem  as  em presas  japonesas,  N aka­



                ta n i  c ito u   o  p ro fe s s o r  T s u k a m o to   da  FGV  e                                                                                                                               T                        M J   P N N E L   T H E B R R S l   T f


                 Sharp,  autor  da  frase  de  que  elas  “ são  b io ló g i­


                 cas  e  não  h ie rá rq u ica s  com o  no  O c id e n te ",  o


                 que significa,  acrescentou o executivo,  “ que as



                 empresas no Japão são vistas,  prim ordialm ente,


                 como  co m u n id a d e s  de  em pregados  e  secun­


                 dariam ente  com o  propriedades  dos  acionistas


                 com quem os em pregados não convivem  d ia ria ­



                 m ente  nas  e m p re s a s ".  E  co m p le m e n to u ,  re-


                 ferm do-se  à  Furukawa,  no  B rasil:  “ um  desco­


                 nhecido ao visita r nossos escritórios ou fábricas



                 vê  m uito  m ais  uma  com unidade  de  brasileiros


                 estim ulada a  usar sua cria tivid a d e  do que  in te r­


                 ferências de acionistas oriundas do outro estre­


                 mo do  P laneta".


                          A lém   d isso ,  p a rtic u la rm e n te   no  caso  da



                  Furukawa,  para  cada  remessa  de  US$  1  para  o


                 exterior,  a títu lo  de rem uneração do ca p ita l,  ela


                 deixa  no Brasil  US$  15 em  im postos e salários,



                 sem contar os outros  insum os nacionais u tiliz a ­


                 dos.  Neste  s e n tid o ,  segundo  N a ka ta n i,  um a


                 afirm ação  com o  “ todas  as  m u ltin a c io n a is   ex­                                                                                    M esa  de  D eb ates:  (E -D >  E .  Q u a n d t  de  O liv e ira ,  L.  C.  B a h ia n a ,  A   N a k a ta n i,  G.  G a rb i.


                  ploram  predatoriam ente  uma  nação  m enos de­



                 senvolvida é tão leviana quanto a que diz que to ­


                 das as  estatais  são  in e ficie n te s  e  nocivas  à  so­                                                                                   tica   japonesa  de exportação,  analisando ajudas



                 ciedade",  visto  que  uma  assem elha-se  à  outra                                                                                            o ficia is  com  que  a  iniciativa  privada  pode  con­                                                                                                                        PREÇO S  R E LA TIV O S   (em   U S $ )


                  na  medida em que não são adm inistradas pelos                                                                                                tar,  tais com o:  o apoio às  promoções de vendas


                  próprios donos ou  acionistas.                                                                                                                no exterior a  fim  de  m elhor conhecer os  países-                                                                                                      E quipam ento/M aterial                                          Japão                        Brasil


                                                                                                                                                                clientes;  financiam ento de exportação;  in c e n ti­


                                                           Gerenciamento                                                                                        vos  fiscais-,  inspeção  dos  produtos  a  exportar                                                                                          Cobre  Prim ário                                                                  1                      2   (C araíba)


                                                                                                                                                                com   a  fin a lid a d e   de  m anter a  reputação de  boa                                                                                   A lum ínio  Prim ário                                                             1                       1

                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Fita  APL                                                                         1                       1 ,2 5
                          Ao  abordar o  tem a  sobre  gerenciam ento  ja ­                                                                                     qualidade.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Polietileno                                                                       1                      0 .9

                  ponês na atualidade,  N akatani enfatizou que na                                                                                                        Ao tra ta r sobre o  m odelo copiador da  indús­
                                                                                                                                                                                                                                                                                                              M icrocom putador  P C -1 6   bits                                                1                      2 ,6

                  realidade  há  m ais  m ito  do  que  fato  quando  se                                                                                        tria   japonesa,  ele  enfatizou  que  os  gastos  em


                  costuma  caracterizá-lo  com o  em prego  vita lício                                                                                          pesquisa  e  d e se n vo lvim e n to   nas  pequenas  e
                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Cabo fibra optica  12  fibras                                               l( N T T )               0 .3 6   (S T B )
                  ou  decisão  por  consenso  levada  de  baixo  para                                                                                           m édias  em presas  representam   cerca  de  1,5%                                                                                             Cabo fibra  óptica  2 4   fibras                                            1  (N T T )              0 .4 5   (S T B )



                  cima,  já  que  a  m aioria  destas  características  é                                                                                       das vendas.  “ Do total de cerca de  15 m il em pre­


                  mais conseqüência  da  própria  natureza  do co n ­                                                                                           sas  privadas  realizando  pesquisas,  1 1 %  estão
                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Cabos telefônicos  m etálicos

                  tingente de trabalhadores japoneses.  As em pre­                                                                                              na  faixa  de capital  de apenas 3 0  a  6 0   m il  dóla­                                                                                     4 0  x  1 2 0 0   pares                                                    1  (N T T )           0 ,6 2   (p apel)


                  sas de grande  porte oferecem  treinam ento a lta ­                                                                                           res  e  6 2 %   na  faixa  de  6 0   a  6 0 0   m il  dólares".                                                                                4 0  x 2 4 0 0   pares                                                     1  (N T T )           0 ,6 1   (p ap el)


                  mente qualificado a seus em pregados, fa to r que                                                                                             Acrescentou tam bém  que os dados não são s u fi­                                                                                              6 5  x        9 0 0   pares                                                1  (N T T )           0 .7 7   (p ap el)


                  aliado a  boa form ação escolar prim ária e secun­                                                                                            cientes para  provar que o Japão não copia a te c ­                                                                                            4 0  x        3 0 0   pares                                                1  (N T T )           0 .8 8   (P E -G E L )



                  dária  (o b rig a tó ria   no  Ja p ã o ),  lhes  c o n c e d e                                                                               nologia estrangeira.  “ Mas a lição que talvez pos­


                  know-how para enfrentar a com petição, além  de                                                                                               samos  extrair  é  a  de  que  devemos  aproveitar  o                                                                                          Salário  Engenheiro de  5  anos                                                   1                         0 ,6


                  lhes oferecer toda  uma  infra-estrutura de apoio.                                                                                            c o n h e c im e n to   a lh e io   m as  ta m b é m   devem os                                                                                Salário  Engenheiro de  10  anos                                                  1                         0 .7

                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Energia  Elétrica  Industrial                                                     1                          0 .5
                  “ No  entanto,  as  pequenas  e  m édias  em presas                                                                                           c ria r  dentro  de  cada  em presa,  desde  as  m icro


                  precisam  ser  m uito  ágeis  e  lutarem   com   m uita                                                                                       até as grandes corporações,  o hábito de  investir
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