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lhante intervenção de seus ilustres re Já tive. Me tom aram enquanto eu fui alí
presentantes, com a acumulada de azar na terra do G rahan Bell. Mas, oh depu
daquele veto de Celso, que foi um chute tado! se você quiser falar grosso, empres
na cuia de leite. Teria telefones não fôra to a você um a tribuna, sólida como as co
a bravura dos ardorosos vereadores da lunas de Hércules. São Paulo, que é São
quele tempo: alguns novatos; outros vita- Paulo, que é um país, vai ter 300 mil
licios. Acharam desaforo que a Cia to telefones na Capital. Mandou ás favas o
masse o empréstimo, diretam ente dos in nacionalismo jacobino dos demagogos.
teressados. No entanto, o vereador Leo Sistem a-auto financiam ento. Preço —
poldo Garcia Brandão vendeu o telefone 400 contos, o quanto valem hoje os trinta
dèle por 500 contos. Gerardo Renault contos que teríamos pago, naquele tempo.
comprou o telefone da Ferrobel por 400 E os interessados estão fazendo fila com
contos. Nilson Gontijo, que não comprou o dinheiro na mão para se tornarem acio
nem vendeu, votou contra o preço unitá nistas e receber o falante. A Cia. recebe
rio de trinta contos, porque a Cia. previa o dinheiro do candidato porque não tem
variação cambial. O Nilson pensou que condições de obter um financiam ento m a
seria possível congelar a taxa de câmbio ciço de bilhões.E qual o negócio que aguen
internacional. ta juro bancário de 4% ao mês? Por isso,
Foi nésse clima que se derrotou o auto- Eugênio, mande você também às urtigas
financiamento, que já deu telefone a 200 quanta “Bei” lhe anda enchendo a ca
municípios do Brasil, enquanto vivemos beça, que isso só serve para bagunça de
aqui de chapéu na mão para um telefo empreguismo e pelegada que só pensa em
nema de favor. A menos que se tope o necessidade fisiológicas.
Joãozinho da Galeria Goiás e outros mais Tome um rumo, Eugênio. Ou você é
que não põem o aparelho bem à mostra logo pelo estatismo total, com foice, m ar
e cobram dez mil réis na hora. A gente telo e paredon, ou é pela livre emprêsa.
fala e vai saindo sem os salamaleques Não há solução interm ediária entre os
convencionais do “faz favor” e do “muito dois caminhos. Neutralismo, terceira for
obrigado”. ça, isto é fraqueza de panos quentes. Ideo
Um parênteses. Eugênio. Não devo n a logicamente, o meio nao é a virtude — é
da a Cia. Telefónica. Não tenho telefone. covardia.
PRECISAMOS SABER PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO (Nota 1 )
Em outros países do Mundo, é cha seria, certam ente, um grande passo n a
mado, muito adequadamente, de socialis quela abominável direção o ato de cobrir
mo ou de comunismo o regime político o país com corporações centralizadas e
no qual a propriedade, a operação dos ne controladas pelo Govêrno Federal, do tipo
gócios e o controle dos meios de produ da TVA, com poderes de substituir e eli
ção e sua distribuição são atribuídos ao m inar os direitos dos Estados da União
Govêrno. (Nota 2).
Aqui, neste país, tal condição é apeli A história revela e os economistas de
dada de regime de “emprêsa pública”, ou, escol e os estudiosos das form as de Go
ainda, de “organização estatal”. Os mais vêrno sadio afirm am e provam que ne
entusiasmados dos promotores dêsse sis nhum país pode m anter-se como Nação
tema econômico ficariam, todavia, ressen livre se o sistema da livre iniciativa fôr
tidos se fossem chamados de socialistas ou solapado e destruído, quer no regime do
comunistas. “pouco-a-^ouco”, ou violentam ente, por
Neste país, o poder investido nas cor um a revolução.
porações governamentais de caráter in
dustrial ou de comércio, ou em monopó Nenhuma organização da livre em prê
lios estatais, tem sido, geralmente, usado sa, que é regulada por leis e que paga
até agora com brandura e benevolência. pesados impostos e tributos de tôda espé
Todavia, êsse poder, quando arrebatado cie, pode sobreviver tendo pela frente,
por uma máquina política egoista e agres competindo, corporações estatais que ex
siva pode ser usado despoticamente. plorem o mesmo negócio, se tais corpora
ções não forem reguladas e pagarem ta
As corporações do Govêrno e os mo
nopólios estatais foram os instrumentos xas nas mesmas bases impostas à inicia
empregados pela União Soviética para tiva privada.
consolidar seu poder e para arregim en Nem as indústrias estatais, nem os ne
tar o povo e forçar suas idéias sôbre êle. gócios operados pelo Estado, nem tam
Se nós quiséssemos êsse tipo de Govêrno pouco os cartéis criados pelo Govêrno po