Page 1550 - Telebrasil Noticiário
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Nas duas últimas semanas, numero tre. No momento, o “Syncon” encon-
sos testes de comunicações com o “Syn- tra-se num ponto 800 km mais alto.
eon” foram realizados privadamente Uma vez em posição no espaço sô
— disse a NASA. bre o Brasil, o “Syncon” estará na li
nha de visão das estações nos Estados
A NASA programou uma série de
Unidos, Europa e América Latina. De
testes públicos e privados; caso tenha
êxito a próxima manobra, o programa clarou a NASA que essas estações te
rão de ser modificadas ligeiramente,
será executado.
para poder enviar e receber sinais atra
A manobra consistirá no seguinte: vés do satélite.
Os cientistas em Lakehurst enviarão O “Syncon” limitado em sua capaci
um sinal de rádio ao “Syncon”, a fim dade, não podendo transmitir progra
de pôr em funcionamento pequenos mo mas de televisão, é um satélite experi
tores a jato no satélite. Êsses motores mental, precursor dos satélites de co
moverão o “Syncon” ligeiramente para municações sincronicos. Três satélites
baixo, colocando-o numa órbita sin- similares, com uma separação de 120
crônica precisa, num ponto a 35.680 graus no espaço, poderiam proporcio
km sobre o Brasil e a 55 graus de lon nar um serviço constante de comunica-
gitude oeste, sôbre o Equador terres ções mundiais.
INDÚSTRIA NACIONAL DE EQUIPAMENTO TELEFÔNICO EM PERIGO
Com o objetivo, ainda, de esclarecer o público em face do problema surgido
em Pôrto Alegre, onde a Cia. Riograndense de Telefones pretende lançar mão
de equipamento fabricado no exterior para ampliar sua rêde apesar da exis
tência de uma indústria nacional planificada e tornada realidade pelo Govêrno
Federal, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTO
TELEFÔNICO fêz divulgar nos últimos dias do mês de julho, pela imprensa, o
seguinte aviso:
“AO PÚBLICO de mais deplorável em todo êsse episódio
e é uma pena que interêsses meramente
Impõe-se voltarmos a público para ocasionais possam cegar de tal maneira
opor sérios reparos ao pronunciamento patrícios nossos que os levem a negar uma
com que a Companhia Riograndense de realização que aí está, à vista de todos,
Telecomunicações (que chamaremos a se como soberbo atestado da capacidade do
guir pelas iniciais, CRT) entendeu de re povo brasileiro.
plicar, pela imprensa, manifesto nosso, que Fique dito mais uma vez: nossa ati
a outra coisa não visava senão à defesa tude não deve ser entendida como um pro
intransigente da economia nacional, no cesso de obstrução de quaisquer interêsses,
caso da importação, que aquela emprêsa como já se quis fazer pensar. Isso porque,
de economia mista deseja consumar, de independentemente da nossa ação, às au
várias centrais telefônicas, num total de toridades federais é que cabe a tutela de
12 800 linhas, fabricadas por emprêsa es um plano que nasceu da sua própria ini
trangeira sem tradição no Brasil. A ope ciativa. E a sua intervenção certamente
ração, que incluiria os próprios aparelhos não deixará de fazer-se sentir no momen
telefónicos e o custeio, a pêso de dólar, do to em que se intenta pôr abaixo aquilo que
serviço de vários técnicos alienígenas, im é obra também oficial, não apenas parti
plicaria no dispêndio de mais de 2 milhões cular.
de dólares! Repetidas vêzes contamos a história
Se não objetássemos agora à tantas do surgimento da indústria nacional de
e tão graves inexatidões contidas na pubh- equipamento telefônico; é preciso que o
cação da CRT, poderia a opinão pública, façamos ainda uma vez, em face de tanto
especialmente a digna coletividade gaú negativismo e tanta incompreensão.
cha, ficar com uma errónea impressão Essa indústria nasceu de um plano
acêrca da indústria nacional de equipa oficial. Considerando que as comunica
mento telefónico e sua atual posição. Essa ções telefônicas são de vital importância
distorção, a nosso ver, é o que há mesmo para o desenvolvimento e a segurança na-