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CONSELHO EXPÕE PLANO DE TELECOMUNICAÇÕES
Jornal do Comércio — Rio, 6-9-63
D — Estiveram ontem na Federação vale ressaltar de acordo com a exposição
das Indústrias do Estado de S. Paulo, os feita ontem na FIESP, a intenção de es
integrantes do Congresso Nacional de Te tabelecer-se tráfego m útuo com rêdes in
lecomunicações, p ara p restar esclareci ternacionais, projetando o nosso sistem a
m entos sóbre o Plano Nacional de Teleco de tal modo que êle possa estar em con
m unicações. cujo objeto é satisfazer as dições de en trar em ligação com os sis
principais necesisdades do pais, nm u p ra tem as internacionais.
zo de quatro anos. O Sistem a Nacional de Telecomunicações
O Coronel A dhem ar Scaffa Falcão e os revela, de um lado, a preocupação de aten
dem ais conselheiros foram recebidos com der aos interêsses da segurança nacional
um a saudação do Sr Manoel da Costa San e de outro, a necessidade de atendim ento
tos, presidente do Sindicato da Indústria das regiões de m enor densidade popula
de Aparelhos Elétricos e Eletrónicos de cional do pais.
Suo Paulo. Apos a saudação, o coronel
José Antonio de A lencastro e Silva discor EXECUÇÃO
reu sôbre as características e os objeti
vos do plano. P ara executar o Sistem a Nacional de T e
lecomunicações, prevê o projeto a criação
COMO VAI SER de um a em présa para explorar os troncos,
idéia bem acolhida pelo presidente da Re
Afirmou o Coronel Alencastro que o p la pública. A fonte dos recursos necessários
no do Conselho Nacional de Telecom uni à execução do plano está lançada no art.
cações visa atender as principais necessi 51 do projeto, que prevê a criação de um
dades do país num prazo de 4 anos. As Fundo Nacional de Telecomunicações, cujo
características fundam entais do plano são regulam ento ja está em fase adiantada
a sua extrem a flexibilidade, de tal modo tan to assim que o Conselho vai examiná-
que seja possível a expansão econômica do lo nas próximas sessões, para posterior en
sistem a; a sua capacidade elevada de tr a cam inham ento à aprovação do presidente.
fego e a possibilidade de absorver, a te n
der e utilizar os circuitos já existentes, Para a elaboração do projeto, que prevê
adaptando-os às novas exigências da téc um a linha que se estende de Belém a Por
nica. O sistem a projetado deverá ter alta to Alegre, pelo litoral, e sistem as comple
confiabilidade, em bora no plano não es m entares, além de um sistem a auxiliar de
tejam fixadas as percentagens visadas características m ais pobres está prevista
colimando-se ainda, especialm ente, a pos a abertura de concorrência pública. O pro
sibilidade de perm itir trafego autom ático jeto do sistem a nacional será executado
em todo o pais. segundo um esquema prioritário. Na fase
de im plantação, os Estados que o deseja
DISCAGEM DIRETA rem poderão cuidar da execução da obra,
dentro de seus limites, m ediante convê
O tráfego autom ático, que im plicaria nios previstos para essa finalidade. O pla
num plano nacional de num eração, não no não pretende esgotar a m atéria, mas
só nos telefones como no telex, perm itiria sim atender, no prazo de 4 anos as princi
a adoção do sistem a de discagem direta. pais necessidades do pais, em m atéria de
E ntre as dem ais características do plano. telecomunicações.
UMA DERROTA DA DEMAGOGIA
Transcrito do “Diário de S. Paulo” — edição de 1-9-63
“Finalmente, com a assinatura de mumeações, truncado desde que, extin
novo contrato entre a C. T. B. e a Pre to o anterior contrato, a rede telefôni
feitura paulistana para execução do ca se estagnou enquanto a cidade pros
serviço telefônico na área da Capital, seguiu num crescimento marcado por
foi superada mais uma etapa da luta verdadeiras explosões demográfica e
dos paulistanos no sentido de normali econômica.
zar aquele importante sistema de co- Agora, com o documento assinado