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O BASTA DA
Transcrevemos, a seguir, o tópico di Individualmente ou por Intermédio das entida
vulgado no Boletim Informativo do Centro _e des que representam suas atividades. Tais
Federação das Indústrias do Estado de São enunciados, cuidadosamente elaborados _ e
Paulo, edição de 3 de janeiro último, sob o meditados, não são levados em conta, n &o -
título acima, da responsabilidade do jomalis_ obstante a autoridade e a expressão econô -
?a Humberto Dantas: mica de quem os profere.
Nao tem escapado aos observadores das
II Ainda nêstes últimos dias, pondo de
nossas atualidades econômicas e sociais, a parte pronunciamentos esporádicos mas que
posição que os órgãos de classe, ootadamen se amiudam e repetem-se todos os dias, as
te os da indústria, vem assumindo em face classes produtoras de São Paulo ofereceram
dos problemas que inquietam o país. Em to à meditação e julgamento da opinião publica,
da parte do mundo o governo é um fator d e documentos sérios, bem articulados, no s
equilíbrio, porque lhe cumpre, primacial - quais somente incriminam o que esta errado
mente, manter a ordem e esta e cada v e z mas construtivamente indicam as medidas -
mais uma arte de harmonizar os extremos. que nos poderão trazer dias melhores para
Por isso mesmo os governos, sem serem, - o futuro. A Federação das Indústrias de S.
em muitos casos, expressões reacionárias, Paulo, ainda foi mais longe: elaborou um -
não têm interesse em incendiar o ambien trabalho construtivo analisando item por
expe:
te, em criar a tensão social, pois a exoeri - item e propondo soluções a alguns doq má s
i vítii
encia demonstra que sera a primeira vitima inquietantes problemas de caráter social, fi^
na hora em que não seja possível mais con - nanceiro e econômico que nos atormentam.
ter, dentro dos limites da ordem, os impul Êsse documento foi entregue ao chefe da Na
sos incontrolávels das agitações sociais. Ha ção, ao presidente do Conselho de Ministros
mesmo uma verdade popular que indica co — e uma sumula publicada por toda a impren -
mo o melhor antídoto contra as tendências - sa do país. Com certeza terá o mesmo de£
revolucionárias de qualquer pessoa, uma bre tino de outros pronunciamentos anteriores :
ve rilegiatura pelos postos administrativos. a gaveta de algum burocrata e aí dormirá o
Não há demagogo, desde que nao seja total - sono do esquecimento.
mente irresponsável ou um indivíduo que j o
ga com cartas marcadas, que não passe a O último manifesto à Nação da Fede
agir ou pensar diferentemente logo que assu ração das Indústrias de São Paulo, pelo tom
ma uma parcela, por mínima que seja, da a* energico com que foi escrito, parece qu e
ção administrativa. marca o início de uma nova posição na indús
tria paulista em face dos rumos que os ácon
No Brasil, porém, e especialmente tecimentos estão tomando. Sente-se que a
no plano federal, nem o exercício do pod er grande classe está amargurada e revoltada -
público tem contribuído para eliminar o ví pela inanidade da sua longa pregação em prd
rus da demagogia que desgraçadamente como da ordem eocial, do trabalho construtivo.
uma praga maldita asfixia e chega mepmo a Sempre tão cautelosa em vir a publico, des
conturbar espíritos às vezes brilhantes. A ta feita a entidade do Palácio Mauá não teve
demagogia vem do alto, de cima, e assisti — meias medidas e chegou a admitir a possi -
mos a todo o momento a pronunciamentos - bilidade de recomendar o fechamento das fá
que se distanciam daquele comportamento de bricas, se as garantias ao trabalho não fos
moderação e de equilíbrio que deve ser inato sem dadas. Se a êsse extremo pôde che —
em todo administrador responsável. Conve gar, e porque a indústria entende que o mo
nhamos que a incultura, o despreparo para o mento exige uma definição viril e desassom
exercício da função pública, a ignorância, em brada para que amanhã não a acusem de o-
fim, são os responsáveis por certos atos, mui missão ou de indecisão, quando talvez este
to embora não ae possa deixar de admitir - ja em jogo o destino do país."
que, em determinados casos, o sectarismo
político ou a pressão de ideologias extremtir
taa, também, motivam decisões desastradas O ESTADO DE MINAS SOLUCIONA SEUS
e maléficas. PROBLEMAS
As classes produtoras, nêstes últimos A revista CNC, órgão da Confedera -
tempos, vêm procurando, através de pronun - ção Nacional do Comércio, em sua edição -
ciamentos que se sucedem, esclarecer a opi de outubro do ano findo, publicou interessan
nião pública sobre os verdadeiros rumos qu e te registro da lei sancionada, em Minas, no
a Nação deve tomar, compatíveis com suas- ano passado, instituindo o sistema de parti -
possibilidades. A palavra de equilíbrio, de cipação financeira do usuário nos investi
bom senso, da^justa medida das coisas, que mentos relacionados com o serviço telefô
em toda parte e um apanágio de governos re£ nico, o qual passamos a transcrever, na in
ponsáveis, quem a tem enunciado não são - tegra, para conhecimento dos leitores de TE
mais os detentores das rédeas administrati LEBRASIL NOTICIÁRIO:
vas, mas os homens de emprêsa privada, ou