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cimento de uma indústria nacional de uma cabal solução para a crise nacio
equipamento telefônico representa, na nal de telefonia.
realidade, a base de sustentação de A providência que se seguiu,em mar
qualquer programa a ser eleborado ço de 1960, dava a boa medida do in
com o objetivo de propiciar a expan terêsse do Govêrno em assegurar con
são do sistema existente no Brasil. dições para o estabelecimento da in
A duras penas, vencendo a barra dústria nacional de equipamento tele
gem que até então se antepuzera à fônico. Em sessão realizada a 9 da-
efetivação da acalentada reivindicação quêle mês e ano o Conselho da SUMOC
dos responsáveis pelo sacrificado sis deliberou de acordo com expressa re
tema de telecomunicações existente no comendação da Carteira de Comércio
país, lograram as emprêsas operado Exterior do Banco do Brasil, apro
ras dêsse importante serviço público, var um plano de nacionalização pro
até então ao inteiro desamparo da pro gressiva da referida indústria em três
teção governamental, dar um passo à etapas, de sorte a permitir 100% de
frente e vencer a primeira dificulda fabricação nacional própria ou subcon
de. Fundadas no nordeste, no centro tratada após 31-12-1962 — e desde en
e no sul do Brasil as Associações das tão nenhuma concessão foi feita nem
Emprêsas de Telecomunicações do quelquer exceção foi aberta as emprê
Norte-Nordeste, Centro e Sul do Bra sas privadas, visando a permitir o
sil (TELENORDESTE, TELECEN- atendimento de pedidos isolados de li
TRO E TELE-SUL) , das quais par cença de importação para equipamen
ticipa a quase totalidade das emprê to telefônico de fabricação estran
sas de telecomunicações em funciona geira.
mento no País, e constituída, logo A Ericsson do Brasil, a Siemens do
após, a Federação daquelas Associa Brasil, a Standard Elétrica e, a seguir,
ções — a TELEBRASIL — consegui a A T E Telefones Automáticos do
ram as concessionárias de serviço te Brasil aceleraram a montagem de suas
lefônico e os fabricantes de equipa fábricas, que se acham magníficamen
mento interessar o Congresso Nacio te instaladas nos Estados da Guana
nal na solução do problema, obtendo, bara e de São Paulo, surgindo, então,
desfarte, a elaboração do projeto que uma nova indústria nacional, de pri
mais tarde se transformaria na Lei meira ordem, apta a garantir ao país
n* 3.683, de9-12-1959. farto cabedal de equipamento desti
A lei mencionada que representou, nado ao serviço telefónico, da melhor
como já dizia TELEBRAL NOTICIÁ qualidade e em quantidade suficiente
RIO em seu primeiro número, em de para abastecer o nôvo mercado e as
zembro de 1959, «o primeiro passo a sim atender às reais necessidades das
ser dado pelas autoridades nos rumos emprêsas concessionárias interessadas
da recuperação de melhores condições na expansão do serviço telefônico a
técnicas para o serviço telefônico — seu cargo.
importante ramo de atividade tão pro Foi assim, com o apoio dessa nas
fundamente ligada ao interêsse públi cente indústria, que se tornou possí
co» concedeu facilidades para a im vel instalar por todo o território na
portação, por emprêsas industriais cional algumas dezenas de milhares
instaladas no Brasil, das máquinas de novas linhas telefônicas automáti
operatrizes, das peças complementares cas — e somente não foi possível es
e dos materiais específicos sem simi gotar-se o índice mínimo da produ
lar nacional registrado, destinados à ção de equipamento esquematizada
fabricação, no País, de centrais tele pela SUMOC em seu plano de nacio
fônicas automáticas, o que significava nalização porque as autoridades, na
uma providência inicial da maior im sua grande maioria, principalmente
portância no sentido de se chegar a nos grandes centros, não quizeram por