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dificulta e impede qualquer progressão das emprêsas privadas. Enquanto isso,

no sistema de comunicações. A corre­ centenas de processos pedindo autori­

ção de vários artigos que compõem o zação para instalação de novas rêdes

Código ,na parte de comunicações, só estão aguardando despacho.

poderá, segundo o Coronel, ser feita — Por esse motivo, nós nos senti­

através da criação do Ministério. mos sem condições morais para, por

exemplo, fechar uma estação clandes­

CAUSAS tina de rádio a serviço de uma empre­

sa. Sabemos de sua existência, mas

Ao explicar que as comunicações fechá-la representa impedir o desen­

são indispensáveis ao desenvolvimen­ volvimento econômico que ela, de qual­

to econômico e cultural do País, «pois quer forma, está leivando a determi­

ninguém vive isolado», justificativa nada região.

calcada, principalmente, no problema

da expansão industrial, «já que nin­ FÓRMULA

guém quererá instalar-se no Nordes­

te, por exemplo, sabendo que para ter — Diante dêsse caos, porque está a

notícias dos grandes centros encontra­ zero o sistema, o primeiro passo para

rá dificuldades», o Coronel uagoD erto uma solução seria a reunião das des­

Rodrigues enumerou as causas, que, pesas que cada um dos órgãos oficiais

segundo pensa, são as responsáveis tem com suas próprias rêdes, bem co­

pelo que chamou inexistente serviço mo do pessoal técnico nelas operando,

de comunicações: para que se tornasse um só centro, que

1 — Descaso dos governos com re­ funcionaria como coordenador. No en­

lação ao problema, quase desconhecen­ tanto, esquematizando a solução que

do a necessidade de um sistema, «pe­ nos parece a mais viável, julgamos ne­

lo menos regular». cessário :

2 — O processo administrativo que 1. Criação de um órgão que cen­

retarda ou anula a aplicação de ver­ tralizasse tôdas as formas de comuni­

bas, «cuja solução só poderá ser acha­ cações (telex, fonia, postal etc.);

da mediante uma ampla reforma»; 2. Uma lei que unificasse a legis­

3 — A ausência total de um órgão lação antiquada e anacrônica que exis­

do Governo que centralizasse a dire­ te a respeito de comunicações;

ção e implantação do sistema de tele­ 3. Dois outros órgãos, subsidiários

comunicações no Brasil: ou subordinados ao primeiro, para que

4 — A exploração indiscriminada e cuidasse dos três assuntos fundamen­

indisciplinada por grupos do serviço tais no âmbito da execução: planeja­

de comunicações, preferindo os mais mento; equacionamento e desenvolvi­

rendosos (referindo-se à iniciativa pri­ mento da indústria eletrônica e forma­

vada), «atrofiando o sistema do País». ção de técnicos e órgão autônomo para

executar o programa, um no campo

MORAL postal e outro no campo das comuni­

cações propriamente ditas.

A falta de um rígido sistema ofi­

cial de telecomunicações — explicou o CÓDIGO

Diretor do DCT — , pois o que existe

é altamente deficiente, há uma multi­ — Todos os que pensam assim co­

plicidade de redes, tendo cada um dos mo nós sobre o problema tiveram suas

Ministérios militares a sua própria, esperanças voltadas para o Código de

como também o têm o Ministério da Telecomunicações crentes de encontrar

Justiça, a Petrobrás, o DNER, a nêle as soluções para o caso. No entan­

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SPEVEA, os governos estaduais, vá­ to, concluímos pelo fato de que ê!e di­

rios outros órgãos oficiais e a maioria ficilmente permitirá que se parta para